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MARK ZUCKERBERG/ COMITÉ / REDES SOCIAIS / IRRESPONSABILIDADE

Atualizado: 8 de abr.



Convido-vos a verem este vídeo https://www.youtube.com/watch?v=FNaMjWCBdDU


Irão ver Mark Zuckerberg a ser constantemente bombardeado com questões em formato de acusação, ás quais se vê impossibilitado de responder pois tal não lhe é permitido. E daqui já retiro algumas conclusões. A pessoa que pergunta, pouco interessada está na resposta. A dada altura, há uma questão que é feita: " Uma vez que o senhor é bilionário, porque não compensa as famílias e as pessoas que sofreram alguma represália pelo consumo do seu produto ?" - ( eu coloco isto em aspas, mas as palavras não foram exatamente estas) - E esta pergunta diz-me também, de onde vem isto tudo.


Neste comité houve vários ataques de vários lados, do público que se sente lesado, dos políticos, dos juizes. Todos contra o "monstro".


Que as redes sociais conseguem ser bastante tóxicas, creio que todo sabemos que sim. De uma forma ou de outra, todos nós já sentimos algo que não gostávamos ao entrar num instagram, onde o palco mostra o melhor de cada um, o melhor da vida de cada um e onde acabamos por nos, estupidamente, comparar.


Mas pensemos por um instante. O problema será mesmo a rede social? Ou o problema será mesmo a falta de responsabilidade de cada um? Podemos encontrar vários pontos:


Se eu sinto que algo me faz mal, não será da minha responsabilidade cessar o seu consumo? A primeira vez que bebi álcool, terminei bêbado dentro de uma aula de inglês, vomitando nas minhas colegas que estavam no sitio errado, na hora errada. Culpa delas terem decidido estar presentes na aula e sentarem-se no mesmo sitio de sempre. Ou melhor, culpa do meu primo que me pagou meia dúzia de cervejas. Ou, vou até mais longe, culpa do dono do bar, que me vendeu as cervejas mesmo vendo o meu estado. Já viram o qual fácil é colocar as responsabilidades nos outros?


Não será mais virtuoso assumir eu a responsabilidade? É um facto, eu não sabia o que era estar bêbado, nem conhecia a sensação de falta de controlo, da quantidade que podia beber. Está tudo certo. Aprendi a lição e assim se vive. Percebi que a sensação de estar bêbado não me aproxima dos meus objectivos e que nada de bom me trás. Se eu voltar a consumir e a repetir a mesma cena, todos os que estão a minha volta podem voltar a ser responsabilizados de novo, pois eles viram o desfecho miserável. Mas eu não, coitadinho de mim. Eu não tenho qualquer responsabilidade no assunto. ( estou a ser irónico, caso não tenhas entendido )


O ser humano tem tanto de bom como de ruim. E uma rede social apenas vai exponenciar isso. Assim como o dinheiro. O dinheiro é uma ferramenta. O que as pessoas fazem para o conseguir é unica e exclusivamente responsabilidade dessas pessoas. O problema não é o dinheiro, o problema está em cada um de nós. Da mesma forma que consegues fazer coisas muito boas com o dinheiro, também consegues fazer coisas muito boas com uma rede social.


O Manuel trabalhou na sua área de ação, para a qual estudou e dedicou uma vida inteira em busca de aperfeiçoar as suas capacidades e poder servir o próximo. Em compensação, o mercado valorizou esse esforço e ele agora encontra-se numa posição financeira favorável. Ele decide celebrar essa sua vitória e decide comprar um carro novo. E como uma vitória é mais saborosa quando é partilhada, ele comete o erro crasso de partilhar isso nas redes sociais. Daqui temos vários desfechos. O João olha para essa imagem do Manuel com o carro novo e sente-se um inútil, pois ainda não saiu de casa dos pais e está longe de tal conquista. Então decide chamar o Manuel de tóxico, insulta-o e fica ressentido pela injustiça da vida. O Fernando, vê a mesma imagem e pensa: " Também quero isto. Também quero poder comprar o meu carro. Que saberá ele que eu não sei? O que preciso aprender? " - Agora pensa comigo, mesmo cenário, desfechos diferentes. Devemos culpar o Manuel por querer mostrar a parte boa da sua conquista, tendo-se esquecido de partilhar as horas de estudo, das tentativa em vão, dos erros, das dúvidas, dos risco, das suas escolhas? Ou será melhor que cada um faça uma introspecção do que sente quando vê algo que lhe desagrada? Não será melhor uma responsabilização do indivíduo?


Então, em vez de acharmos que somos todos uns coitadinhos, que a nossa única salvação é o governo, que deve interceder por nós e ao qual nos devemos subjugar, poderá ser inteligente assumir a responsabilidade individual, treinar o autocontrolo, a disciplina e procurar o nosso desenvolvimento a todos os níveis. Uma mente mais consciente, é uma mente mais capaz, é uma mente que está atenta ao que involuntariamente pensa, procura, deseja. Ao estares atento, podes fazer as perguntas certas. A qualidade das respostas depende da qualidade das perguntas. Conhece-te, lida com o teu lado negro e com a tua luz. Ambos fazem parte de ti. São ferramentas. Aprende a usá-las a teu favor.


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