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TESTOSTERONA

Atualizado: 18 de dez. de 2020


Testosterona é a hormona que separa os meninos dos homens. É a responsavel pelos caracteres que te definem o homem como tal, tendo algum papel também no desenvolvimento da mulher, mas em menor expressão. Começou a ser usada antes da segunda guerra mundial, pelos alemães, com o intuito de aumentar principalmente a agressivade, força, na recuperação de lesões ou compensar uma subnutrição dos soldados.

Para nós culturistas, a testosterona é a base de qualquer ciclo, é o que na minha opinião constroi efetivamente a massa muscular. Aumenta a sintese proteica, melhora a recuperação e oxida tecido adiposo. È importante referir que (pela minha experiencia) a dose adminstrada deve ser o dobro da dose dos anabólicos usados. Se usares 200mg deca por semana, deverás usar 400mg testosterona. Isto ajudará a prevenir alguns dos efeitos secundários como a impotência sexual por exemplo. Ciclos sem testosterona ou com uma quantidade reduzida em comparação com as outras substancias usadas, para mim não faz qualquer sentido.

Há diferentes esteres de testosterona, mas no fundo são todos a mesma substância. O que varia é a rapidez com que são absorvidos e o tempo que ficam a circular no corpo.

Esteres mais lentos, como a versão cipionato ou enatato atingem o pico de absorção ao 4º dia e permanecem no corpo mais 4 a 6 dias. Esteres mais rapidos como proprionato e testosterona em suspensão são mais rapidamente absorvidos e aproveitados numa percentagem maior. Não há melhor nem pior, cada um cumpre a sua função na diferente fase que é usado.

Esteres mais lentos, por ficarem mais tempo no corpo, têm uma maior possibilidade de aromatização, ou seja, uma parte é convertida em estrogénio. O que numa fase de volume, tem os seus beneficios. A retenção de água advinda dessa aromatização tem um papel importante na força, desenvolvimento muscular, dando ao musculo um aspecto full. O estrogénio é benefico tambem no ganho de massa muscular, mas nas devidas proporções como é obvio. Sinais como sensibilidade nos mamilos ou libido baixa, devem ser tidos em atenção para não deixar extrapolar os valores. Nessa caso o uso de anti estrogénicos poderã ser uma opção. Em fases de corte esteres rápidos serão mais vantajosos pelo efeito oposto ao falado em cima. Nesse caso a frequencia das aplicações terá que ser maior, uma vez que ficam no corpo menos tempo. Frequencia não significa dose.

3aplicações de enatato corresponderia a 750mg de testosterona por semana, enquanto que para ter o mesmo valor, seriam necessárias 7 aplicações de 1ml de propionato (700mg). A forma mais rapida e totalmente absorvida é de testosterona em suspensão que é indicada mais nas utlimas semanas de pre contest. Pode ser utilizada em fases de volume se houver uma base com ester lento de modo a manter uma dose constante de testosterona e evitar picos e queda.

A nossa produção natural de testosterona vai de 7 a 10mg diárias. O usuário de quimica usa normalmente 10x mais. Tudo que seja acima de 1200mg semana, para mim é demais e temos que estar a falar de individuos experientes cujo o uso se justifique (Individuos com mais de 100kg (limpos) com intenções de aumentar a massa muscular)

o iniciante não precisa de mais de 400/500mg por semana.

Vejo individuos a colocar gramas de testosterona por dia e efetivamente, não se reflete nos resultados que apresentam. Acabam por intoxicar o corpo, cabeça e saturar os receptores, não obtendo nenhum beneficio extra com isso. O que vem provar a minha ideia, mais não é melhor.

A dose ideal acaba por variar de pessoa para pessoa, daí haver a necessidade de haver um “olho” que oriente a pessoa.

A minha dose ideal anda a volta das 750mg testosterona por semana. Não me sinto letargico, não me sinto hiperretido, não me sinto agressivo ou mentalmente perturbado. Ja tive ciclos em que a dose andava a volta das 400mg e mesmo essa dose baixa permite me ter resultados.

Nós temos uma proteina no nosso corpo que se chama SHBG (sex hormone- binding glubulin)

A maior parte da testosterona que circula na nossa corrente sanguínea encontra-se ligada a esta proteina. Fartei-me de ler artigos a respeito deste tema tentando perceber a correlação inversa entre os valores de testosterona e os valores de shbg, contudo entra uma variável nessa equcação que é a insulina. A insulina também apresenta a mesma correação inversa. Baixos valores de shbg indicariam um aproveitamento maior da testosterona. Valores baixos de shbg indicariam também resistência á insulina/hiperinsulinemia. Não obstante entra também nesta equação o sexo. Uma vez que a testosterona no homem até melhora o perfil lipidico e a sensibilidade á insulina, na mulher não acontece do mesmo jeito. Aliás, os pacientes femininos com diabetes apresentam usualmente valores de shbg baixos e por consequente niveis de androgénios maiores. Tentando não complicar nem encher isto com raciocínios paralelos, onde eu quero chegar é, há uma capacidade genética e individual que determina a quantidade de testosterona que é suportada pelo nosso corpo. A capacidade que temos em ligar testosterona ás proteinas que lhe permitem exercer a sua função ( falando de um forma leiga) determina em grande parte os nossos resultados em termos de ganho de massa muscular. Mas acredito que isto não é apenas determinado á nascença. Da mesma maneira que há fatores externos que impedem que o nosso corpo use a testosterona adequadamente, também há factores externos que trabalham a favor do nosso objectivo. Daí a importancia de o nosso corpo estar a funcionar perfeitamente. Só assim ele conseguirá evoluir, sem abusos, fazendo as coisas da forma correta, está nas nossas mãos. Desde a escolha da dose, dos diferentes compostos, da nutrição adequada, da suplementação específica, de um rácio treino/descanso adequados. Tudo tem que ter conta e medida.

Todas as funções do nosso corpo são reguladas pelo nosso corpo. Batimento cardíaco, apetite, humor, saúde sexual, reprodução, metabolismo, recuperação, energia, tudo é controlado por hormonas. Talvez muitas doenças pudessem ser curadas ou tratadas indo á raiz, tentando ajustar o perfil hormonal primeiramente com dieta, exercício e suplementos. E em ultimo caso recorrer as hormonas de forma sintética. Se damos insulina a uma pessoa que tem diabetes, porque não damos testosterona a alguém que por alguma razão não a consegue produzir ou a produz em valores baixos, tendo dessa forma a saude comprometida?

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